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2012 - Livro Vermelho 2013

Quiina magallano-gomesii Schwacke DD

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 27-09-2012

Criterio:

Avaliador: Luiz Antonio Ferreira dos Santos Filho

Revisor: Tainan Messina

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

Quiina magallano-gomesii caracteriza-se por árvores, de3-10m de altura, terrícola, androdióica. Endêmica do Brasil, ocorre nos estadosde Minas Gerais e São Paulo. Restrita do bioma Mata Atlântica, onde éencontrada em floresta estacional semidecidual. Espécie apresenta incongruênciataxonômica. Os espécimes de Quiinacoletados na região sudeste e sul eram identificados como Q. glaziovii, porém com a análise de espécimes de populações locaisdiferentes, foram observadas características peculiares, principalmente emrelação à forma e dimensão das estípulas, caráter taxonômico importante para adelimitação das espécies. Na descrição original do táxon, Schwacke (1898)considerou a presença de flores bissexuadas uma característica distintiva deespécie, entretanto examinou um único indivíduo em estado reprodutivo (Souza,F.O. & Bianchini, R.S. In Flora Fanerogâmica do Estado deSão Paulo; Wanderley, M.G.L. et al., 2007).

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Quiina glaziovii Engl.;

Família: Quiinaceae

Sinônimos:

  • > Quiina magallano-gomesii ;
  • > Quiina glazovii ;

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

Descrita em Pl. Nov. Mineir. I: 6, tab.3. 1898. Os espécimes de Quiina coletados na região sudeste e sul do Brasil eram identificados como Q. glaziovii, porém com a análise de espécimes de populações locais diferentes, foram observadas características peculiares, principalmente em relação à forma e dimensão das estípulas, caráter taxonômico importante para a delimitação das espécies. Na descrição original, Schwacke (1898) considerou a presença de flores bissexuadas uma característica distintiva da espécie, entretanto examinou um único indivíduo em estado reprodutivo(Souza; Bianchini, 2007).

Dados populacionais

Em estudo da composição e similaridade florística entre duas áreas de floresta atlântica montana, no estado de São Paulo, foi amostrado apenas 1 indivíduo em uma área de 1ha (Padgurschi et al., 2011).

Distribuição

Ocorre nos estados de Minas Gerais e São Paulo (Rocha; Alves-Araujo, 2012).

Ecologia

Caracterizada por árvores de 3-10m de altura; androdióicos-polígamos; coletada com flores de Outubro a Dezembro, com frutos de Novembro a Março (Souza; Bianchini, 2007).

Ameaças

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes ​OEstado de São Paulo originalmente possuía aproximadamente 81,8% (20.450.000 ha)de seu território coberto por Mata Atlântica. Hoje, a Mata Atlântica no Estadorepresenta cerca de 18% da remanescente no Brasil, concentrando-se ao longo dolitoral e encostas da Serra do Mar, significando cerca de 8,3% da área doEstado e 83,6% da vegetação nativa ainda existente no Estado. Mesmo em áreasprotegidas ocorrem ameaças como invasões de populações marginalizadas(favelização de manguezais e encostas), especulação imobiliária), mineração,extrativismo vegetal clandestino, caça e pesca predatórias, lixões, poluição daágua, mar, ar e solo e chuva ácida sendo essas ameaças permanentes àconservação dos remanescentes da Mata Atlântica no estado de São Paulo (Costa,J.D.B., 1997).

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes ​AZona da Mata Mineira não está em situação diferente das demais regiões do país,sofrendo alto grau de perturbação decorrente de práticas agrícolas inadequadase da expansão demográfica, mineradora e industrial (Marangon, L.C. et al. 2003).

Ações de conservação

4.4.3 Management
Observações: Espécie ocorre em Unidades de Conservação: Parque Estadual da Serra do Mar e Parque Estadual Carlos Botelho, no estado de São Paulo (CNCFlora, 2012; Lima et al., 2011).

1.2.1.3 Sub-national level
Observações: Espécie considerada Vulnerável (VU) pela Lista vermelha da flora de São Paulo (SMA-SP, 2004).

Referências

- ROCHA, A.E.S. & ALVES-ARAUJO, A. Quiina magallano-gomesii in Quiina (Quiinaceae) in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB078380>.

- COSTA, J. D. B. A Reserva da Biosfera da Mata Atlântica no estado de São Paulo., São Paulo, 1997.

- MARANGON, L.C.; SOARES, J.J.; FELICIANO, A.L.P. Florística arbórea da Mata da Pedreira, Município de Viçosa, Minas Gerais., Revista Árvore, Viçosa, v.27, p.207-215, 2003.

- SOUZA, F.O.; BIANCHINI, R.S. Quiina (Quiinaceae). In: MELHEM, T.S.; WANDERLEY, M.G.L.; MARTINS, S.E.; JUNG-MENDAÇOLLI, S.L.; SHEPHERD, G.J.; KIRIZAWA, M. Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo. São Paulo: FAPESP, p.255-258, 2007.

- FRAGA, C.N.; OLIVEIRA-FILHO, A.T. Quiinaceae. In: STEHMANN, J.R.; FORZZA, R.C.; SALINO, A. ET AL. Plantas da Floresta Atlântica. p.446, 2009.

- LIMA, R.A.F.; DITTRICH, V.A.O.; SOUZA, V.C.; SALINO, A.; BREIER, T.B.; AGUIAR, O.T. Flora vascular do Parque Estadual Carlos Botelho, São Paulo, Brasil., Biota Neotropica, v.11, p.173-214, 2011.

- PADGURSCHI, M.C.G.; PEREIRA, L.S.; TAMASHIRO, J.Y.; JOLY, C.A. Composição e similaridade florística entre duas áreas de Floresta Atlântica Montana, São Paulo, Brasil., Biota Neotropica, v.11, p.139-152, 2011.

Como citar

CNCFlora. Quiina magallano-gomesii in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Quiina magallano-gomesii>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 27/09/2012 - 19:36:01